segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Alma incansável

Sinto-me a acordar do sonho, do levitar sobre a realidade. 
Acordar para ver, que a vida é feita em tons de cinzento e sentir que a solidão é a constante companheira.
Que a vida passa, no dia a dia vazio, apenas repleto de nada ou de muita incerteza
Não não existe calor humano, presença, carinho, palavras, afetos, gestos. 
A angústia, tristeza, solidão, o aperto na garganta, a dor no peito, transformaram-se em problemas crônicos.
Tudo é vago, tudo é incerto.
Não se conjuga no presente, o querer, desejar, ansear, sonhar, amar.
A incerteza é uma certeza, aliada do talvez. 
Talvez vá...talvez fique....talvez possa... talvez venha, e no fundo o talvez é a certeza do nada.
Apenas assisto ao passar da vida como se fosse um sonho, um filme ou uma miragem.
Não me vejo, sou apenas sombra de mim mesmo, o segundo plano, a terceira hipótese, a quarta opção, e na quinta, não existo e o que sinto, não conta para nada.
Sinto que a ingenuidade, a crença o sentimento, o sonho, a entrega e o pensamento, são apenas defeitos. 
Os momentos difícieis passo-os acompanhado comigo mesmo, e as palavras de conforto, não as escuto no silêncio.
Sinto a degradação do sentimento, dentro de mim.
Sinto que não vivo, apenas sobrevivo, sem sonhos, esperanças objetivos.
O futuro não existe
Existe apenas desejos de mudanças
Coração que se doa e se alarga
Alma esperançosa que não se cansa

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