terça-feira, 1 de novembro de 2011

Várias foram as estradas por onde passei
pra chegar onde cheguei.
E não vou parar...
Tenho muito que andar.
Feri meus pés em espinhos
e os esfacelei nas pedras;
também os reguei de carinhos
caminhando sobre pétalas.

Caí e me levantei.

Em tempos escuros me desviei.
Percorri outros caminhos. Desnorteei!
Retrocedi. Parei. Olhei pro chão. Desanimei.
Ergui a cabeça e abri os olhos...
Consegui vê-las!
Mostraram-me o caminho, as estrelas.

E um brilho intenso livrou-me da cegueira.

A ponte podre me levou ao fundo;
senti que ia se acabar o mundo...
Usei todas as forças, até as que me impus,
as que recriei...
E vi no fim do túnel surgir aquela luz...

Segui-a firmemente, até que me repus.

Várias foram as lutas que me derrubaram;
muitas as vitórias que me levantaram.
Planos que não deram certo,
enganos descobertos,
afetos, desafetos,
amores encobertos,
oásis no meio dos desertos...

Enfim, hoje, estou aqui.

Parei pra descansar, mas não estacionar.
A vida é como um rio;
morre se não chega ao mar,
que o espera, submisso,
abaixo de seu nível
facilitando-lhe passar.

É crer sem ver, ou desacreditar.

Durante as caminhadas
encontram-se gravadas
as grandezas da vida,
que muitas vezes
passam despercebidas.
Só quem as percebe,
mesmo sorrindo ou sofrendo,
pode bater no peito, clamando:

-Estou vivendo!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Poesia é o desejo mais profundo da alma se libertar de tudo aquilo que a aprisiona
é também desejo de compartilhar sentimentos de esperança e de alegria, é sobretudo, uma maneira extraordinária de perceber com o coração o caminhar da vida!
Olhando para o céu
em uma noite de luar
onde a brisa me tocava
e a solidão me machucava...
Solidão por não estar com você,
por nunca ter te encontrado
por nunca ter olhado para você,
por nunca ter sentido você...
Olhando para aquela estrela
Peço que ela vá
ao seu encontro
que te encontre em qualquer lugar...
E quando isso acontecer
Espero que ela ainda tenha
brilho e forças
para lhe contar 
O quanto estou sofrendo
sem você....
Sou a luz que brilha, ou o sol que queima,a lua que enfeita as noites, ou as estrelas que encantam os enamorados?
_Será que sou as matas? ou simplesmente os lagos.
ou será que sou o mar,ou os grandes rios...
Sei lá quem sou,acho que sou um menino ou o velho; 
todas estas coisas são obras do amor.
-Acho que sou na verdade o amor...
_Se não sou também isto não importa.
Porque hoje eu sou vida, vivo intensamente todas as pequenas coisas,por que são das pequenas coisas que se tiram as grandiosas lições para se viver.
_E viver é bom? sei lá!
Eu vivo e é por viver que sou assim; um pouco menino; um pouco velho.
Um pouco amor um pouco vida.
-Acho que descobri quem sou...
-Será? com certeza agora irei me identificar...
-Sou a flor; porque respiro o ar.
-Sou água porque meu corpo as contem.
=Sou o sol porque consigo clarear.
-Sou um pouquinho as estrelas porque consigo encantar.Mas se eu for a fundo me analisar chegarei a conclusão que sou mesmo uma obra de Deus que esta neste mundo pra viver, chorar, sonhar, amar, respirar etc.
-Poxa! quanta coisa sou eu! e pra terminar farei uma pergunta a você.
-Quem é você?.
Com certeza me responderá:
-Sou tudo que você citou e também a outra metade que em tua vida faltava para te completar!!!!!
Sobre os telhados a algazarra dos pardais,
Redonda e cheia a lua - e céu de mil estrelas,
E as folhas sempre a murmurar seus recitais,
Haviam esquecido o mundo e suas mazelas.

Então chegaram teus soturnos lábios rosas,
E junto a eles todas lágrimas da terra, 
E o drama dos navios em águas tempestuosas
E o drama dos milhares de anos que ela encerra.

E agora, no telhado a guerra dos pardais,
A lua pálida, e no céu brancas estrelas,
De inquietas folhas, cantilenas sempre iguais,
Estão tremendo - sob o mundo e suas mazelas
Quando o amor o chamar
Se guie
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados
E quando ele vos envolver com suas asas
Cedei-lhe
Embora a espada oculta na sua plumagem possa feri-vos
E quando ele vos falar
Acreditai nele
Embora a sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o
jardim
Pois da mesma forma que o amor vos coroa,
assim ele vos crucifica
E da mesma forma que contribui para o vosso crescimento
Trabalha para vossa poda
E da mesma forma que alcança vossa altura e acaricia vossos ramos mais tenros
que se embalam ao sol
Assim também desce até vossas raízes e a sacode no seu apego à terra
Como feixes de trigo ele vos aperta junto ao seu coração
Ele vos debulha para expor a vossa nudez
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas
Ele vos mói até extrema brancura
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis
Então ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma no pão místico do banquete
divino
Vosso amigo é
a satisfação de vossas necessidades.
Ele é o campo que semeais com carinho
e ceifais com agradecimento.

É vossa mesa e vossa lareira.
Pois ides a ele com vossa fome
e o procurais em busca de paz.

Quando vosso amigo expressa o pensamento,
não temais o "não" de vossa própria opinião,
nem prendais o "sim".
E quando ele se cala, que vosso coração
continue a ouvir o coração dele, 

Porque na amizade, todos os desejos,
ideais, esperanças, nascem e são partilhados
sem palavras, numa alegria silenciosa. 

Quando vos separais de vosso amigo,
não vos aflijais.
Pois o que amais nele
pode tornar-se mais claro na sua ausência,
como para o alpinista a montanha
aparece mais clara, vista da planicie.

E que não haja outro objetivo na amizade
mas somente o amadurecimento de espirito.
Pois o amor que procura outra coisa,
que não a revelação de seu próprio mistério,
não é amor, mas uma rede armada,
E chegará o dia
Em que precisarei
Buscar novas canções
Em que precisarei cavar novas ruínas
À procura da nova poesia,
Em que rejeitarei as rosas
Que vêm do dicionário;
Pois rosas crescem no braço
Do camponês,
Na mão do trabalhador,
Na ferida do combatente,
Na superfície do rochedo."
Eu estava aqui, eu vivi, eu amei, eu fiz, eu tentei...Vou deixar minha marca no corações das pessoas como prova de que eu estive aqui!
Sem duvidar das circunstâncias me aventurei e acreditei
como nunca havia acreditado antes, seu sorriso tinha a meiguice do mais belo canto
seu jeito singelo e doce faria cair o olimpo
Mas essa doçura era apenas a falsa imagem que temos do mel
Seus afagos não eram sinceros, suas palavras nunca foram verdadeiras
Mas o importante é que aprendemos com as quedas, com os sofrimentos
mas um coração verdadeiro não deseja o mal, apenas pede que a vida recomece
nem que seja das cinzas, mesmo que renasça da lama...
Mas que seja mais forte do que antes, mais vibrante do que aurora, mais forte do que a dor, mas vicejante do que a primavera, mas bonita do que a beleza da natureza...Enfim que seja mergulhada no néctar mais profundo e que a sua chama seja o amor.
A dor que atraímos transforma-se em alegria
Vem, tristeza, aos nossos braços
Somos nós o elixir dos sofrimentos
Bicho da seda, come as folhas e faz seu casulo
Não possuímos a folhagem dessa terra 
Somos nós o casulo do amor
Apenas somos, quando em nada nos tornamos
É quando perdemos nossas pernas, que nos tornamos corredores
Calo minha boca, tirei o resto do poema, de boca fechada 

Dentro deste mundo há outro mundo
Impermeável às palavras
Nele nem a vida teme a morte, nem a primavera dá lugar ao outono
Histórias e lendas surgem dos tetos e paredes
Até mesmo as rochas e árvores exalam poesia
Aqui a coruja transforma-se em pavão
O lobo, em belo pastor
Para mudar a paisagem, basta mudar o que sentes
E se queres passear por esses lugares, basta expressar o desejo
Fixa o olhar num deserto de espinhos
Já é agora um jardim florido
Vês aquele bloco de pedra no chão?
Já se move, e dele surge a mina de rubis
Lava tuas mãos e teu rosto nas águas deste lugar 
Que aqui te prepara um fausto banquete
Aqui todo ser gera um anjo
E quando me vêem subindo aos céus, os cadáveres retornam à vida
De certo viste as árvores crescendo da terra
Mas quem há de ter visto o nascimento do paraíso?
Viste também as águas dos mares e rios
Mas quem há de ter visto o nascer de uma única gota d'água ou uma cintura de guerreiros?
Quem haveria de imaginar essa morada? 
Esse céu? Esse jardim do paraíso?
Tu, que ouves este poema
Traduzi-o
Diz a todos o que aprendeste sobre este lugar
Na noite estrelada de uma lua incomparável
Estandarte dos meus sonhos uma canção entoei
Meu peito ferido pelas escolhas preteridas pelas noites mal dormidas
de lágrimas sem fim...
EU louco como a infinita estrela em busca de uma galáxia
Saí pela imensidão do universo a procura de um planeta
de um destino, de um lugar que não seja bizarro
nem habitado por seres incapazes de gesto de amizade
Assim sai e caminhei, vaguei nos meus sonhos
delirei nos meus vazios cheios de sonhos e desejos infantis
Mergulhei nos rios e fui visto nas flores primaveris
Sou da vida o sopro do divino do humano o desejo do absoluto
sou da terra a insistência do fruto caído para gerar vida
sou do dia os sonhos desfeitos e refeitos pelo andarilho
Enfim.... Sou e isso me basta apenas sou....
Como são difíceis os momentos.
Momentos de decisões,
momentos de escolhas,
momentos de solidão,
momentos a dois,
momentos de partidas,
momentos que em frações de segundos,
decidimos nossos destinos,
nossos caminhos.
Momentos que nem sempre estamos equilibrados,
lúcidos em tomá-los.
Momentos que se tornarão talvez eternos ou passageiros,
que se tornarão a dúvida ou a certeza,
uma realidade ou um sonho,
uma alegria ou uma lágrima.
Momentos que farão de frações eternos dividendos.
Momentos que nos tornarão heróis ou covardes,
que nos farão amar ou odiar.


Momentos que serão lembranças ou esquecimentos,
serão eternidades ou passagens,
sublimes ou ilusórios.
Momentos de paixão,
momentos de capricho,
momentos de amantes,
momentos de loucuras,
momentos de anseios,
momentos de desejos.
Momentos, momentos......momentos,
Momentos que terei para decidir
Se na minha vida,
aqueles momentos que realmente me tocaram,
aqueles que realmente me fizeram,
valeram ou não um dia terem existido.
Temos que ter a certeza de que todos os nossos momentos
valeram a pena, pelo simples fato de
termos vivido
Amar, para poder viver, 
Para se dissipar o sem sentido de se viver por viver.
Amar por quê? 
Para não adoecer, para que, ao final; possa-se dizer: 
Valeu a pena, por que amar é crer. 
Por que amar?
Para não se entristecer, 
Para não se perder a alegria de viver.
Amar por quê? 
Para poder perdoar e esquecer, 
Para voltar a sorrir, para lutar e vencer.
Por que? 
Para se conhecer a Deus, nosso primeiro amor, Nosso maior amor, nosso Grande amor, 
Acima de todo amor, origem de todo amor, 
Fim de todo amor, eternidade de amor.
Amar por quê? 
Para não fenecer, para não murchar, 
Para não regredir, para não desfalecer. 
Amar para se lembrar e também para esquecer.
Por que amar? 
Para chorar e sorrir, para plantar e colher.
Amar por quê ? 
Para caminhar, para se merecer, para se enternecer. 
Amar para olhar e conhecer.
Por que amar? 
Amar para não morrer. 
Porque os que não amam já morreram, Permaneceram mortos. 
Perambularam sem saber como nem por quê. 
Amar por quê? 
Para confiar, para não se entregar, mas se integrar. 
Amar porque Deus é amor e isso basta.
O silêncio é doçura:
Quando não respondes às ofensas,
Quando não reclamas os teus direitos, 
Quando deixas à Deus a defesa da tua honra. 

O silêncio é misericórdia:
Quando te calas diante das faltas de teus irmãos,
Quando perdoas sem remoer o passado,
Quando não condenas, mas intercedes em segredo.

O silêncio é paciência:
Quando sofres sem te lamentares,
Quando não procuras consolação junto aos homens,
Quando não intervéns, esperando que a semente germine lentamente.

O silêncio é humildade:
Quando te apagas para deixar aparecer teu irmão,
Quando, na discrição, revelas dons de Deus,
Quando suportas que tuas ações sejam mal interpretadas,
Quando deixas os outros a glória da obra inacabada.

O silêncio é fé:
Quando te apagas, sabendo que é Ele quem age...
Quando renuncias às vozes do mundo para permanecer na Sua presença...
Quando te basta que só Ele te compreenda.
Tudo fiz para que desse certo, lutei acima das minhas forças
chorei noites inteiras
Escrevi poesias e em cada verso expus a minha alma
nem assim foi possível.
Desistir não posso, apenas armarei minha tenda em outro lugar!

saber renunciar

Às vezes, mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará sempre a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, somos outra vez donos da nossa vida e tudo é outra vez mais fácil, mais simples, mais leve, melhor. 

Às vezes, é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar nem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio, paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir. E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar." 

A companhia certa é aquela que sabe aquecer-nos a alma antes de sequer tocar-nos no corpo.

Tu não

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não

Sonos interrompidos

Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraído até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo

Mas continuo vivendo e aprendendo

Envelhecer

Quanto mais envelhecia,

quanto mais insípidas me pareciam 

as pequenas satisfações que a vida me dava, 

tanto mais claramente compreendia

onde eu deveria procurar a fonte 

das alegrias da vida. 

Aprendi que ser amado não é nada, 

enquanto amar é tudo. 

O dinheiro não era nada, 

o poder não era nada. 

Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder, 

e mesmo assim era infeliz. 

A beleza não era nada.

Vi homens e mulheres belos, 

infelizes, apesar de sua beleza. 

Também a saúde não contava tanto assim.

Cada um tem a saúde que sente. 

Havia doentes cheios de vontade de viver 

e havia sadios que definhavam angustiados 

pelo medo de sofrer. 

A felicidade é amor, só isto. 

Feliz é quem sabe amar. 

Feliz é quem pode amar muito. 

Mas amar e desejar não é a mesma coisa. 

O amor é o desejo que atingiu a sabedoria. 

O amor não quer possuir. 

O amor quer somente amar

Alma incansável

Sinto-me a acordar do sonho, do levitar sobre a realidade. 
Acordar para ver, que a vida é feita em tons de cinzento e sentir que a solidão é a constante companheira.
Que a vida passa, no dia a dia vazio, apenas repleto de nada ou de muita incerteza
Não não existe calor humano, presença, carinho, palavras, afetos, gestos. 
A angústia, tristeza, solidão, o aperto na garganta, a dor no peito, transformaram-se em problemas crônicos.
Tudo é vago, tudo é incerto.
Não se conjuga no presente, o querer, desejar, ansear, sonhar, amar.
A incerteza é uma certeza, aliada do talvez. 
Talvez vá...talvez fique....talvez possa... talvez venha, e no fundo o talvez é a certeza do nada.
Apenas assisto ao passar da vida como se fosse um sonho, um filme ou uma miragem.
Não me vejo, sou apenas sombra de mim mesmo, o segundo plano, a terceira hipótese, a quarta opção, e na quinta, não existo e o que sinto, não conta para nada.
Sinto que a ingenuidade, a crença o sentimento, o sonho, a entrega e o pensamento, são apenas defeitos. 
Os momentos difícieis passo-os acompanhado comigo mesmo, e as palavras de conforto, não as escuto no silêncio.
Sinto a degradação do sentimento, dentro de mim.
Sinto que não vivo, apenas sobrevivo, sem sonhos, esperanças objetivos.
O futuro não existe
Existe apenas desejos de mudanças
Coração que se doa e se alarga
Alma esperançosa que não se cansa